Projeto das garras mecânicas fortalece ensino de robótica nas escolas municipais
Foto: Divulgação/PBH
Tradicionalmente, a sala de aula é composta por carteiras e um quadro branco. Porém, desde o ano passado, o Centro de Línguas, Linguagens, Inovação e Criatividade (Clic) disponibiliza o projeto das garras mecânicas, uma de suas iniciativas para fortalecer o ensino de robótica e a introdução à linguagem de programação entre estudantes e educadores da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte.
De acordo com Maria Antonieta Sabino Viana, professora articuladora do Clic, a garra mecânica é um dispositivo utilizado para agarrar, mover ou manipular objetos, simulando o movimento da mão humana por meio de alavancas, articulação ou motores. Ela comenta que, em sala de aula, sua construção “permite trabalhar princípios de engenharia, design, sustentabilidade e resolução de problemas”.
Juliana Xavier Reis, professora articuladora do Clic, informa que as garras são feitas de materiais diversos, incluindo recicláveis, cada um com propósitos específicos e possibilidades pedagógicas diversas. A iniciativa surgiu a partir da crescente demanda por atividades práticas que combinassem ciência, tecnologia e consciência ambiental de modo acessível a alunos da Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo Juliana, o objetivo é despertar o interesse pela tecnologia, desenvolver habilidades como pensamento lógico, criatividade, resolução de problemas e trabalho em equipe, além de ampliar o acesso à educação tecnológica.
Trabalho em equipe
No projeto, os alunos participam de desafios colaborativos, nos quais são incentivados a trabalhar em equipe para projetar, montar e testar diferentes modelos de garras, utilizando materiais como papelão, MDF, LEGO e fischertechnik. Em rodas de conversa avaliativas, os participantes são convidados a refletir sobre o processo de construção das garras, as maneiras de melhorar os protótipos e as possibilidades de aplicação das garras na robótica educacional.
Os dispositivos são posteriormente utilizados por alunos e professores, permitindo múltiplas abordagens e experimentações, contribuindo significativamente para a aprendizagem ativa e compreensão de conceitos ligados à robótica, à física e à engenharia, como destaca Juliana Xavier.
O Núcleo de Tecnologia Educacional Robótica e Linguagem de Programação é o responsável pela coordenação do projeto das garras mecânicas. O espaço favorece o desenvolvimento de competências nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM), com ênfase na aprendizagem ativa, colaborativa e baseada na experimentação. É equipado com diversos recursos, como kits de robótica (LEGO, fischertechnik, Bee-Bot, Microbit), impressora 3D, componentes eletrônicos e materiais reutilizáveis.
Planejamento
As atividades são planejadas de acordo com a faixa etária e o grau de complexidade, atendendo desde a Educação Infantil à EJA. Os projetos integram conteúdos de matemática, ciências, língua portuguesa, artes e temas da vida cotidiana. Os estudantes são constantemente desafiados a desenvolver soluções criativas para problemas reais, valorizando o trabalho em equipe.
O projeto da garra mecânica, ao articular sustentabilidade, tecnologia e aprendizagem criativa, reafirma o compromisso do Clic com uma educação transformadora, inclusiva e alinhada aos desafios contemporâneos. Juliana compartilha a sua experiência no projeto, demonstrando o ambiente inovador e o papel protagonista atribuído a todos os participantes. “É uma educação integral, em que estudantes e educadores constroem juntos um caminho de descobertas, inovação e transformação, conectando saberes ao mundo e formando cidadãos preparados para criar o futuro.”
Com informações da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte