Escolas têm controle rigoroso da merenda servida a alunos com restrição alimentar
As escolas e creches da Prefeitura atendem cerca de mil estudantes com restrições alimentares. São alunos com intolerância à lactose, ao glúten e a corantes, com diabetes, hipertensão e síndrome do cólon irritável.
Em 171 creches (CMEIs) e 227 escolas são servidos cardápios adaptados para cada tipo de restrição, elaborados pelas nutricionistas da Secretaria Municipal da Educação. Os estudantes com alimentação especial representam 0,75% dos 135 mil alunos da rede municipal de ensino. “O cardápio é adaptado de modo saudável, equilibrado e benéfico para as crianças crescerem saudáveis. O comer bem é necessário para a saúde e a relação com a comida precisa ser prazerosa”, explica a nutricionista da gerência de Alimentação Maria Rosi Marques Galvão.
Os cardápios são preparados pelas empresas terceirizadas e há rigoroso controle dos alimentos entregues nas unidades, desde a composição e o preparo até o manuseio para servir a criança corretamente. A refeição é rotulada com o nome do estudante e com cores diferentes para cada dieta, para que não ocorra nenhum equívoco na hora de servir o alimento.
“O preparo é extremamente controlado, temos alimentos que precisam de uma cozinha especial e até mesmo de utensílios exclusivos para que os nutrientes não se misturem e não coloquem a saúde da criança em risco”, complementa Maria Rosi.
Tranquilidade
Desde bebê, Miguel Neri Vicentini Silveira, de 5 anos, apresentou reação alérgica ao leite, à soja e aos derivados. Ele passou a receber merenda especial no CMEI Pimpão, no Portão. Esse cuidado com o menino deu à mãe, Isabelle Soares Neri Vicentini, mais segurança e tranquilidade para que Miguel pudesse ir à creche.
“A atenção dada pelos profissionais que atuam com a alimentação é de alta qualidade. Meu filho recebe o que há de melhor e isso deixa qualquer mãe satisfeita”, esclarece Isabelle.
A estudante Mariana Kamile do Nascimento, do 5º ano da Escola Municipal CEI Ulysses Guimarães da Silveira, no Boa Vista, recebe o prato principal da refeição, composto por legumes, frutas, cereais, carne sem molho, diferente do cardápio dos outros estudantes. “Às vezes eu sinto vontade de comer a comida dos colegas. Também adoro refrigerantes e salgadinhos, mas eu sei que não posso porque passo mal”, diz a menina.
Mensalmente, as profissionais das empresas de alimentação terceirizadas, responsáveis pelo atendimento individualizado dos meninos e meninas da rede, providenciam a adaptação do cardápio. “A gente tenta ao máximo fazer com que o prato da criança com a patologia fique parecido com o do coleguinha ao lado. No caso dos diabéticos, por exemplo, substituímos os alimentos por produtos dietéticos”, observa a nutricionista e encarregada alimentação especial das escolas, Vanessa Prestes.
Mãe de Mariana, a dona de casa Luciene do Nascimento está satisfeita com o atendimento, além de aliviada em saber que a filha é bem cuidada na escola. “Desde os 5 anos que descobrimos que ela tem essa necessidade de uma alimentação mais cautelosa. Ela sofre bastante porque sente falta de coisas que a criançada adora, como pizza, mas só pode comer alimentos naturais”, comenta.
Alergias
As alergias alimentares representam a maior parte dos atendimentos a crianças em idade escolar na rede municipal. Alergias ao leite de vaca e/ou intolerância à lactose, alergias a corantes e conservantes alimentares e a alimentos como glúten/trigo, chocolate, peixes e frutos do mar, oleaginosas, ovo e frutas representam 80% nos casos de CMEIs e 45% em escolas.
Como solicitar
Para receber a alimentação adaptada, os pais ou responsáveis pelo estudante devem acessar o link http://www.educacao.curitiba.pr.gov.br/conteudo/downloads/7537 e baixar a ficha para preenchimento do laudo médico e a carta de recomendação da família da equipe pedagógica da unidade.
A solicitação é encaminhada para a gerência de Alimentação e analisada pelas nutricionistas. “A alimentação saudável é um hábito que melhora a qualidade de vida da criança dentro e fora do ambiente de formação. Por isso, as unidades recebem produtos elaborados de acordo com a necessidade de cada um”, explica a nutricionista Tábata Garagnani.
Fonte: Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba